Presidente do União Brasil afirma que sigla não fará aliança com tucanos nos estados
Luciano Bivar justifica que divergência sobre criação de imposto único afastam partidos
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente nacional do União Brasil e pré-candidato do partido à Presidência da República, deputado Luciano Bivar (União-PE), afirmou nesta quinta-feira (9) que o apoio do PSDB ao MDB em nível nacional revela divergências entre as siglas sobre a criação de um imposto único no país e afasta o apoio do partido a candidaturas do PSDB nos estados.
No começo do mês passado, o partido anunciou que estava fora do grupo da chamada "terceira via", do qual também faziam parte PSDB, MDB e Cidadania, e que lançaria candidatura própria, o que aconteceu no último dia 31, quando oficializou a pré-candidatura de Bivar. Anteriormente, o União Brasil negociava apoiar candidaturas tucanas em São Paulo, Paraíba, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
O PSDB oficializou, nesta quinta-feira (9), o apoio à pré-candidatura de Simone Tebet (MDB) à Presidência da República. Os tucanos indicarão o candidato a vice da chapa. Após ser questionado se para o União Brasil isso representa um "desembarque" de alianças com o PSDB nos estados, Bivar respondeu: "Certamente".
O presidente da sigla ainda afirmou que o projeto econômico do MDB é “ultrapassado” e “anacrônico” e não é possível apoiar candidatos tucanos nos estados sem apoio à pauta de criação de um imposto único no país.
"Como podemos estar com um partido que não comunga com nosso projeto econômico? É inegociável nosso projeto econômico. Não posso apoiar um candidato a governador na Paraíba que não defenda nosso imposto único. Não posso defender um candidato a governador de São Paulo que não defenda um imposto único”, afirmou ao g1.
“Nós temos o imposto único que é o que nós defendemos, que é uma coisa extremamente atualizada, que é o imposto digital. Essa é a nossa bandeira. Em qualquer momento em que formos discutir sobre presidência, a parte econômica para nós é inegociável, com quem quer que seja. Pode ser Jesus Cristo”, disse Bivar.
“Não estou preocupado com politicagem. Não estamos fulanizando. O que queremos é que comungue com nosso projeto econômico”, acrescentou.