PRF muda diretrizes e orienta a evitar contato físico e ameaças em abordagens
Decisão é voltada para pessoas com crise na saúde mental e acontece após o caso Genivaldo
Foto: Ascom/PRF
Dois meses após a morte de Genivaldo de Jesus Santos, durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a entidade decidiu mudar as diretrizes diante de abordagem de pessoas com crise de saúde mental.
Na novas orientações, fica previsto que os agentes evitem contato físico com a pessoa, além de não ameaçar e outra série de condutas que precisarão ser adotadas.
O documento instrui os agentes sobre as ações que devem ter "ao tomar conhecimento de ocorrência envolvendo pessoa em crise de saúde psíquica". A decisão de realizar mudanças nas diretrizes ocorre após a morte de Genivaldo, morto após policiais rodoviários o trancarem no porta-malas da viatura, disparando spray de pimenta e gás lacrimogêneo.
Ao todo, 18 novas diretrizes foram adotadas, em que aconselham o agente a "não ameaçar a pessoa em crise com prisão ou outras ameaças semelhantes, pois isso pode criar mais medo, estresse e potencial agressão [aos agentes]" e se aproximar de "forma tranquila e sutil", desligando luzes e sons; além de solicitar apoio policial e de unidades de saúde e dos bombeiros.
"Na hipótese de uma reação potencialmente letal por parte de uma pessoa em crise mental", fica prevista "a utilização de armamentos de potencial letalidade é o meio mais adequado", afirma o documento assinado pelo diretor de operações, Djairlon Henrique Moura.
"A contenção física e mecânica é uma medida de exceção" e "deve ser encarada como o último recurso para o controle da situação", segue.