Primeiro-ministro do Líbano pede demissão após crise causada por explosão
Antes da renúncia, Hassan Diab acusou o governo por "corrupção endêmica"
Foto: Divulgação | Reuters
O primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, pediu demissão do cargo nesta segunda-feira (10), em meio aos protestos surgidos após a explosão ocorrida no porto de Beirute, ocorrida na semana passada que deixou cerca de 163 pessoas mortas e mais de seis mil feridas. Além do primeiro-ministro, os ministros da Informação, Meio Ambiente e Justiça, além de legisladores, também renunciaram os respectivos cargos.
Recentemente, Diab, que estava enfrentando forte pressão para deixar o cargo, havia anunciado que iria antecipar as eleições no país. Pouco antes da divulgação da demissão, o primeiro-ministro acusou o governo de "corrupção endêmica", uma das bandeiras que também é levantada pelos manifestantes.
Uma investigação da Justiça do Líbano identificou que o material que provocou a explosão no porto, o nitrato de amônio, era armazenado de forma irregular desde 2014. Funcionários e responsáveis pelo porto tiveram a prisão decretada na semana passada.
Os manifestantes, que organizaram um dos maiores protestos desde outubro, também acusam o governo de utilizar os recursos do país em benefício próprio.