Primo de Lira é exonerado do comando do Incra pelo Governo
Exoneração acontece na semana seguinte ao embate entre Lira e o ministro Alexandre Padilha
Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados
Wilson Cesar de Lira Santos, primo do presidente da Câmara dos deputados, Arthur Lira, foi exonerado nesta terça-feira (16) do cargo de superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Alagoas.
E também no momento em que o MST inicia o “Abril Vermelho”, onda de ações para pressionar o governo pela reforma agrária. Até a noite desta segunda-feira (15), o grupo contabilizava 24 invasões de terras.
O MST pedia desde o início do governo a exoneração do primo de Lira.
Procurado, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a quem o Incra é subordinado, informou à CNN que se trata de uma troca normal de um cargo de confiança que já estava prevista e não tem relação com o embate entre Lira e Padilha.
Questionado sobre o motivo da troca, o Incra ainda não se manifestou. Arthur Lira não se manifestou ainda.
Lira vs Padilha
Na última semana, Lira e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT) tiveram um desentendimento.
Arthur Lira chamou Padilha de “desafeto pessoal” e “incompetente” após ser questionado por jornalistas sobre votação na Câmara que manteve a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) por suspeita de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e um possível enfraquecimento da liderança de Lira na casa.
"Essa notícia foi vazada do governo e, basicamente, do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, um incompetente", declarou Lira na ocasião.
Padilha rebateu as críticas feitas por Lira. "Mano rancor é igual a tumor, envenena a raiz", disse fazendo referência a música de Emicida.
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