Prisão do ex-ministro do Turismo no governo Bolsonaro é revogada por Moraes

Gilson Machado está sujeito a medidas restritivas, como o comparecimento quinzenal à Justiça local e o cancelamento do passaporte

Por Da Redação
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Prisão do ex-ministro do Turismo no governo Bolsonaro é revogada por Moraes

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado Guimarães Neto, preso em Recife nesta sexta-feira (13) sob suspeita de auxiliar Mauro Cid na obtenção de um passaporte português para facilitar sua saída do país, teve a prisão preventiva revogada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

A decisão de Moraes destaca que a detenção não se justifica mais, pois já cumpriu seu papel inicial, podendo ser substituída por medidas cautelares. Gilson Machado é investigado por possível obstrução de investigação relacionada a uma organização criminosa, com indícios de que teria tentado ajudar Mauro Cid, ex-assessor de Jair Bolsonaro, a fugir das autoridades.

Durante a apuração, a Polícia Federal realizou diligências como a apreensão de aparelhos celulares e ouviu o depoimento do ex-ministro, que negou as acusações. Com base nesses fatos, Moraes considerou desnecessária a manutenção da prisão e determinou que Gilson Machado fique sujeito a medidas restritivas, incluindo comparecimento quinzenal à Justiça local, proibição de deixar a comarca, cancelamento do passaporte e impedimento de manter contato com outros investigados do processo.

O ministro ressaltou que o descumprimento das condições poderá resultar na decretação de nova prisão, conforme previsto no Código de Processo Penal. Gilson Machado estava recolhido no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna, em Abreu e Lima, desde o início do dia.

As investigações indicam que o ex-ministro atuou junto ao Consulado de Portugal em Recife para facilitar a emissão do passaporte em nome de Mauro Cid, e que Cid buscava a cidadania portuguesa desde janeiro de 2023. Além disso, foi identificado que Gilson Machado organizou uma campanha de arrecadação de fundos para Bolsonaro nas redes sociais, em maio deste ano.

A Polícia Federal segue com as apurações e tem prazo de dez dias para apresentar os resultados das perícias dos materiais apreendidos.

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