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Problemas com fluxo de caixa? 3 indicadores para gerenciar o fluxo de caixa da sua empresa 

Confira o artigo completo de José Carlos Oyadomari

Por Da Redação
Ás

Problemas com fluxo de caixa? 3 indicadores para gerenciar o fluxo de caixa da sua empresa 

Esta coluna foca em detalhar 3 indicadores para gerenciar o fluxo de caixa das operações. Com o uso de indicadores, eu costumo dizer que se gasta menos saliva, pois as métricas influenciam comportamentos, servem para fazer diagnósticos e influenciam as decisões de forma imediata. Porém, é necessário que o indicador seja inteligível. Ou seja, os gestores precisam entender o indicador, como ele é construído, como eles podem influenciá-lo e, por fim, por que ele é importante para a empresa e se puder ser alinhado com remuneração variável, aumenta ainda mais a chance de sucesso. 

• Indicador #1: Ciclo de Caixa ou Ciclo Financeiro 

O ciclo de caixa ou ciclo financeiro é expresso sempre em dias Ele é obtido pela soma do prazo de estocagem com o prazo de recebimento e descontado do prazo de pagamento. Em um exemplo simples, se a empresa demora 40 dias para vender uma mercadoria desde que ela chega no estoque e mais 30 dias para receber, isso quer dizer que o ciclo operacional (tempo que demora para converter uma mercadoria/produto/serviço em caixa) é de 70 dias, ou seja, até esse momento a empresa estaria financiando o capital de giro em 70 dias. Contudo, se ela paga os fornecedores de insumos em 45 dias, então o ciclo de caixa seria de 25 dias, portanto seria um ciclo de caixa desfavorável. Minha brincadeira é que, se vocês colocarem uma meta única e interdependente para os gerentes de compras, vendas e produção, a primeira coisa que eles farão será criar um grupo no WhatsApp chamado “Ciclo de caixa tmj” (que significa popularmente “tamo junto”).

• Indicador #2: Working Capital em % das Receitas

A ideia básica é que o Working Capital, o capital de giro, pode ser trabalhado somente com os itens gerenciáveis, isto é, com contas a receber, estoques, fornecedores, adiantamento a fornecedores e adiantamento de clientes, ou ainda com outras contas que estejam sob gestão da empresa. O working capital deve ser medido como uma porcentagem das receitas líquidas. Isso quer dizer que, se as receitas liquidas aumentam, o efeito é geralmente proporcional no tamanho do capital de giro. Assim, para medir a efetividade da gestão, adote o working capital como porcentagem das receitas líquidas.

• Indicador #3: Cash Conversion

Cash conversion é medido pela divisão do fluxo de caixa das operações sobre o ebitda. Eu costumo dizer, em linguagem figurada, que o ebitda é a promessa de caixa, e o milagre é o fluxo de caixa. Então, quanto mais promessas viram milagres, isso quer dizer que a empresa foi mais eficaz na gestão do working capital. Nesse caso, deve-se ignorar o pagamento de imposto de renda, que pode prejudicar a análise do cash conversion quando feita de forma comparativa. É importante fazer o fluxo de caixa pelo método indireto, partindo do ebitda, calculando a variação do working capital e o pagamento do IR, para aí sim chegar no fluxo de caixa das operações.

Concluindo, se você quer sua empresa melhore o cash conversion (leading indicator), gerencie primeiro o ciclo de caixa (leading indicator) e o working capital em % das receitas. Sugiro escolher o ciclo de caixa para os 3 gerentes, e estes desdobrarem o indicador para o time;  o working capital em % das receitas  mais para controle e projeção rápida de fluxo de caixa;  e o cash conversion  recomendo principalmente para empresas de serviços (uma vez que estas não têm estoques).

José Carlos Oyadomari (PhD.). Professor do Insper e Mackenzie. Conselheiro Consultivo da HVAR Consulting e Eazy Go. Sócio da True Port Advisors. Co-autor do livro Contabilidade Gerencial Ferramentas para melhoria do desempenho empresaria.. Instagram@prof.oyadomari   https://www.linkedin.com/in/jcoyadomari/
 

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