Processo contra propaganda da Volkswagen que recriou voz de Elis Regina, será arquivado pela Conar

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) optou por não dá continuidade ao processo que tinha aberto em julho para avaliar se campanha da Volkswagen lançada no último dia 4 de julho feria o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. 

A produção audiovisual foi concebida como uma celebração dos sete décadas de presença da Volkswagen no Brasil. No vídeo, foi criada uma simulação de um dueto entre Elis Regina, cuja morte ocorreu há 41 anos, e sua filha, Maria Rita. A estratégia publicitária empregou a técnica denominada "deepfake", que habilmente combina rostos de indivíduos para criar montagens visualmente convincentes.

Segundo o órgão, a decisão foi motivada por manifestações contrárias e favoráveis de consumidores sobre dois pontos principais, se foi respeitoso e ético o uso no anúncio de vídeo recriando a imagem da cantora Elis Regina, falecida em 1982, feita por meio de inteligência artificial generativa híbrida; e se era necessária informação explícita sobre o uso de tal ferramenta para compor o anúncio.

"O colegiado considerou, por unanimidade, improcedente o questionamento de desrespeito à figura da artista, uma vez que o uso da sua imagem foi feito mediante consentimento dos herdeiros e observando que Elis aparece fazendo algo que fazia em vida", disse o órgão em nota oficial.