Processo de desinflação do Brasil deve se tornar mais lenta, diz presidente do Banco Central
Afirmação foi feita em apresentação à Conferência Anual do BC
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (17), que a queda da inflação deve ficar mais lenta, tanto no Brasil, quanto nos demais países.
“Como temos argumentado, o processo de desinflação deve continuar, porém, de forma não-linear. Os núcleos da inflação estão mais resilientes devido à difusão da inflação entre setores e pressões subjacentes ainda fortes e componentes mais rígidos como serviços“, afirmou na abertura da Conferência Anual do Banco Central do Brasil.
Segundo ele, em apresentação online, em relação à ação dos bancos centrais, mesmo levando em consideração a questão da estabilidade financeira, o combate à inflação segue sendo desafiador para as instituições.
As projeções de inflação do Banco Central, segundo Campos Neto, são de 5,8% para 2023, 3,6% para 2024 e 3,4 para 2025.
No evento, ele ressaltou ainda que, embora o Brasil tenha progredido até agora, ainda a autarquia enfrenta desafios para consolidar a desinflação no Brasil. “Desde o final de 2022, as expectativas de inflação do mercado para 2023 têm aumentado constantemente.”