Processo de Paz na Ucrânia falha em engajar Rússia

Enquanto o Fórum Econômico Mundial em Davos se aproxima, diplomatas e mediadores internacionais se reúnem para discutir o persistente impasse na guerra da Ucrânia. O governo brasileiro emite um alerta diante do fracasso do processo de paz, centrado em Kiev e incapaz de envolver a Rússia de forma significativa. As informações são da Coluna  Jamil Chade da Uol.

A quarta reunião, agendada para 14 de janeiro, antecedendo o Fórum, destaca-se pela falta de avanços além do "plano de paz" proposto por Volodymyr Zelensky. O presidente ucraniano apresentou um projeto de dez pontos que condiciona o fim do conflito à retirada completa das tropas russas, uma condição rejeitada por Vladimir Putin como uma capitulação.

O presidente brasileiro, Lula, alertou Zelensky sobre a necessidade de um processo de paz inclusivo, enquanto outros países emergentes também questionam a eficácia do plano unilateral ucraniano.

O governo brasileiro, inicialmente entusiasmado com a oportunidade de diálogo, expressou decepção na última reunião em Riad, enviando apenas uma carta ao invés de um representante. Celso Amorim, assessor da presidência, destacou a falta de resultados e ressaltou a importância do diálogo genuíno entre as partes envolvidas.

A disposição das partes para o diálogo é crucial, e o Brasil continua comprometido em se envolver no processo de Copenhague assim que houver uma disposição autêntica para o diálogo, afirmou Amorim.

Em Davos, Zelensky retorna com seu plano maximalista, que não conquista apoio entre emergentes nem russos. Além da retirada das tropas, o plano propõe a criação de um tribunal especial para investigar Moscou por crimes de guerra.

O Itamaraty, no Conselho de Segurança da ONU, não mencionou diretamente o governo Putin, mas criticou os ataques a áreas civis na Ucrânia. O Brasil apelou por uma solução negociada, enfatizando a necessidade de diálogo pragmático para alcançar uma paz justa e duradoura.