Processos de adoção são agilizados durante pandemia da covid-19
Medida foi adotada para diminuir risco de contaminação nos abrigos
Foto: Reprodução/Internet
A procura de crianças e adolescentes por um lar definitivo foi interrompida pela pandemia do novo coronavírus. Para evitar a contaminação dentro dos espaços de acolhimento, as visitas foram canceladas. Mas alguns casos puderam ser acelerados e os menores já estão nas casas das famílias com as quais já tinham convivência. As medidas para conter a pandemia chegaram também aos abrigos, onde crianças e adolescentes aguardam os trâmites judiciais, que ajudam a decidir o destino deles.
Assistentes sociais e psicólogos auxiliam na questão técnica e também os próprios candidatos que desejam ter um novo integrante na família. Mas não foram apenas as novas famílias adotantes que ganharam uma nova companhia. Outra figura muito importante ajudou a diminuir a quantidade de menores nos abrigos: os padrinhos e madrinhas. Geralmente, são pessoas próximas com quem eles se sentem bem e de quem recebem respaldo psicológico e afetivo.
Segundo o SNA (Sistema Nacional de Adoção), existem 5.017 crianças e adolescentes disponíveis para adoção. Entretanto, a maioria delas já está vinculada a algum processo judicial, o que significa dizer que elas podem voltar para as famílias originárias ou já estão em estudo a adoção por uma nova família.
Apesar do processo ter sido acelerado, os demais que ainda dependiam de audiências, visitas e tempos de convivência para terem seguimento, tiveram que ser totalmente paralisados para evitar a disseminação. Durante o processo de adoção, a criança e os adotantes vão aumentando o tempo de convivência e, mesmo quando vão morar na casa nova, os menores ainda não estão adotados. A maioria dos casos atuais ainda depende de uma decisão judicial final.