Procuradoria cobra do Telegram balanço sobre medidas de combate à desinformação
Empresa tem 15 dias para responder os questionamentos
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O MPF (Ministério Público Federal) em São Paulo cobrou do Telegram um balanço sobre os primeiros resultados da atuação voltada ao combate à desinformação na rede de mensagens. O compromisso entre a empresa e o órgão foi firmado para reverter o bloqueio decretado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Agora, a empresa tem 15 dias para enviar a resposta sobre as providências adotadas. Os representantes do MPF querem saber sobre eventuais canais, grupos e postagens removidos; canais ou grupos suspensos, além de usuários banidos ou suspensos.
O Telegram anunciou uma série de compromissos. Entre as promessas, a rede afirmou que faria um monitoramento diário dos cem canais mais populares no Brasil e que, por meio da parceria com agências de checagem, determinadas postagens poderiam ser marcadas como “imprecisas”.
Em março, os responsáveis pelo aplicativo aderiram ao programa de enfrentamento à desinformação nas eleições do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O objetivo é combater conteúdos falsos relacionados à Justiça Eleitoral, incluindo as urnas eletrônicas e os atores envolvidos do pleito —ministros do TSE, por exemplo.
GRUPO B3
Uma das principais comunidades com membros que apoiam o presidente Bolsonaro (PL) no serviço de mensagens, o Grupo B38, está suspensa temporariamente do Telegram. O grupo passava de 60 mil membros.