Procuradoria pede prisão de diretor de presídio e de 30 agentes penitenciários no Paraguai
Autoridades investigam se não houve uma rede de corrupção que facilitou a fuga de 76 presos
Foto: Reprodução/ Fiscalía Paraguay
A Procuradoria do Paraguai pediu a prisão do diretor de presídio regional Pedro Juan Caballero e de 30 agentes penitenciários após a fuga por um túnel de 76 presos de uma facção criminosa brasileira que aconteceu neste domingo (19).
As autoridades paraguaias investigam se houve uma rede de corrupção que facilitou a fuga dos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). A imprensa paraguaia informou que 30 agentes de segurança haviam sido presos no domingo, mas as autoridades não confirmaram a informação. O Bom Dia Brasil informou que os detidos prestam depoimento na manha desta segunda-feira (20).
Uma lista de foragidos brasileiros e paraguaios foi divulgada pelo Ministério da Justiça do Paraguai. Entre eles, estão o brasileiro Timóteo Ferreira, apontado como líder da facção dentro do presídio, e seis supostos integrantes do grupo de matadores de aluguel "Minotauro", ligado ao narcotráfico. Eles atuam na fronteira e na semana passada buscavam deixar a prisão com uma ordem judicial.
Do total dos fugitivos, 40 são brasileiros e 36 são paraguaios. O MP do Paraguai informou que vídeos das câmeras de segurança do presídio mostram uma movimentação intensa desde as 4h do domingo. Para a procuradora Reinalda Palacios, é impressionante que os guardas não tenham agido diante das imagens que tinham à disposição.
No domingo, a ministra da Justiça afirmou ainda que sua pasta denunciou ao Ministério Público um suposto plano de fuga e pagamento de 80 mil dólares (mais de R$ 330 mil) por parte de integrantes da facção criminosa para os funcionários da prisão regional de Pedro Juan Caballero, de acordo com o jornal "La Nación". A ministra da Justiça chegou a colocar o cargo à disposição. Porém, de acordo com o jornal "ABC Color", o presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, não aceitou o pedido.