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Produção industrial na Bahia tem terceira queda consecutiva em setembro

Produção de alimentos aumentou 14,3%, e foi a única que registrou crescimento no estado

Por Da Redação
Ás

Produção industrial na Bahia tem terceira queda consecutiva em setembro

Foto: Carol Garcia/GOV BA

A produção industrial da Bahia registrou, em setembro, seu terceiro mês consecutivo de quedas, tanto em comparação com o mês anterior, agosto (-3,0%), após o ajuste sazonal, quanto na comparação com setembro de 2022 (-9,0%). Os dados foram revelados pela Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (08) .

Em comparação com agosto, a produção industrial na Bahia (-3,0%) teve um desempenho muito inferior ao registrado no país como um todo, que apresentou um ligeiro aumento na atividade fabril (0,1%). Além disso, a Bahia acompanhou os resultados negativos observados em nove dos 15 estados que têm dados disponíveis para essa comparação. Nesse contexto, o Pará (16,1%), Rio de Janeiro (3,1%) e Ceará (2,2%) apresentaram os maiores crescimentos na produção, enquanto Pernambuco (-12,8%), Amazonas (-6,1%) e Rio Grande do Sul (-5,4%) registraram as quedas mais acentuadas.

Quando comparada com setembro de 2022, a produção industrial baiana vem em declínio constante, apresentando, em setembro, a quinta queda consecutiva e a mais intensa desse período (-9,0%). O indicador da Bahia permaneceu significativamente abaixo da média nacional (0,6%) e foi a terceira maior queda entre os 18 estados que possuem resultados para essa comparação, superada apenas pelo Ceará (-11,9%) e pela região Nordeste como um todo (-9,4%).

Dos 18 estados analisados, 10 registraram crescimento na produção industrial em relação a setembro de 2022, liderados por Rio Grande do Norte (40,2%), Pará (14,5%) e Espírito Santo (14,2%). A sequência de resultados negativos refletiu nas quedas na produção industrial da Bahia, tanto no acumulado do ano de 2023 (-4,5%, nona queda consecutiva), quanto nos 12 meses encerrados em setembro (-5,9%, sexta queda consecutiva). Em ambos os casos, o desempenho da Bahia é muito inferior ao cenário nacional (-0,2% e 0,0%, respectivamente), e o estado possui a quarta e a terceira maiores quedas entre as regiões pesquisadas.

A produção de alimentos foi a única que registrou crescimento na Bahia em setembro (14,3%), enquanto o refino de petróleo (-13,5%) permaneceu como a principal influência negativa.

O recuo na produção industrial da Bahia em setembro de 2023, em comparação com o mesmo mês de 2022 (-9,0%), foi resultado de quedas tanto na indústria extrativa (-22,2%), que teve sua 17ª retração mensal consecutiva, quanto na indústria de transformação (-8,0%), que caiu pelo quinto mês consecutivo. Apenas a fabricação de produtos alimentícios (+14,3%) mostrou crescimento, sustentando o 10º resultado positivo consecutivo e o melhor desempenho no acumulado do ano de 2023 (+14,6%).

Apesar de não ter tido o recuo mais acentuado, a fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-13,5%) continua sendo o segmento que mais contribui para o resultado negativo da indústria baiana, visto que tem o maior peso na estrutura do setor no estado, respondendo por quase 1/3 do valor industrial gerado na Bahia. No entanto, a atividade vem em queda há cinco meses seguidos (desde maio), acumulando retração de 4,1% no ano.

O segundo impacto negativo mais importante veio da fabricação de produtos químicos, que teve a quinta queda mais intensa em setembro (-12,6%), apresentando recuo constante há sete meses, na Bahia (desde março). A fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-22,5%) teve o maior recuo no estado em setembro, mas seu peso na estrutura industrial baiana é menor, o que impacta menos no índice geral.

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