Produção industrial retoma crescimento e acumula alta de 0,2% no 1º trimestre do ano
Resultado, porém, ainda é insuficiente para se manter em patamar superior ao período pré-pandemia
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Depois de iniciar 2023 com duas queda seguidas, a produção industrial no Brasil registrou crescimento de 1,1% em março, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta é a maior desde o resultado de outubro do ano passado, quando foi de 1,3%.
O avanço foi suficiente para reverter os resultados negativos de janeiro e fevereiro. Desta forma, o segmento, que é responsável por cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB), acumula alta de 0,2% no primeiro trimestre deste ano. A comparação foi feita com os primeiros três meses de 2022.
Apesar do ponto positivo, os números da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) revelam que a sequência ruim pode colocar a produção do setor em um patamar de 1,3% abaixo do apurado em fevereiro de 2020, que foi o último mês antes dos efeitos da pandemia na economia do país.
Das 25 atividades investigadas pela pesquisa, 16 avançaram em março, na comparação com fevereiro. As principais influências partiram dos ramos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+1,7%), máquinas e equipamentos (+5,1%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (+6,7%).
Outros destaques foram os setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,2%), de outros equipamentos de transporte (4,8%), de produtos químicos (0,6%), de couro, artigos para viagem e calçados (2,8%) e de produtos de minerais não metálicos (1,2%).
Contudo, por outro lado, o segmento de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,7%) exerceu a principal influência entre as oito atividades que recuaram no mês. O setor havia crescido por três meses consecutivos e acumulado ganho de 13,5% no período. Os setores de móveis (-4,3%) e de produtos de metal (-1,0%) também se destacaram entre as quedas.