Produtividade do brasileiro cresceu na pandemia, mas após flexibilização índices voltaram a cair, diz FGV Ibre
Apesar do crescimento em 2020, índices voltaram a cair em 2021 e 2022
Foto: Reprodução/Agência Brasil
Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) apontou que em 2020, auge da pandemia de Covid-19, a produtividade do trabalho no Brasil cresceu mesmo em cenário de crise. Neste período o crescimento das horas efetivamente trabalhadas pelos brasileiros foi de 12,7%.
O estudo aponta ainda que mesmo que a produtividade tenha apresentado crescimento no período da pandemia, logo em seguida ela voltou ao patamar normal. A queda em 2021 foi de 7,9% e em 2022 recuou 4,5%. Os índices retomaram o curso de queda, ou de movimentos ascendentes pífios, registrado nos últimos 40 anos.
Para o economista Fernando Veloso, pesquisador do FGV Ibre e um dos autores do trabalho, a justificativa para o crescimento em 2020 foi o registro apenas dos setores que puderam continuar ativos no cenário de emergência sanitária.
"O fato é que as estatísticas de produtividade melhoraram, porque passaram a registrar as horas trabalhadas dos grupos mais produtivos, que contam, por exemplo, com uso de recursos de tecnologia e tudo mais", afirmou.