Economia

Produtos juninos ficam até 41% mais caros em 2022

Alta ocorre com impacto da inflação e da guerra

Por Da Redação
Ás

Produtos juninos ficam até 41% mais caros em 2022

Foto: Reprodução/Freepik

Quem desejar curtir o São João este ano no modelo tradicional com mesa farta de muitos quitutes tradicionais precisará preparar o bolso, porque há produtos típicos das festas juninas que já apresentam ante de 41% nos preços.

De acordo com levantamento da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), um dos produtos mais tradicionais nesta época, o milho ficou 41,88% mais caro em um ano.

Com base na pesquisa do IPC (Índice de Preços ao Consumidor), de maio de 2021 a abril deste ano em São Paulo, a variação média da cesta de produtos juninos foi de 15,29%. Entre os dez alimentos analisados pela pesquisa, sete registraram aumento de mais de 10%.

Junto com o milho, lidera a lista com as maiores altas o fubá e a abóbora, com 41,58% e 34,77% de reajuste, respectivamente.

Coordenador do IPC-Fipe, o economista Guilherme Moreira destacou que todos os produtos alimentícios subiram, mas principalmente os industrializados com maior número de etapas de processamento e frete,  o que impactaria mais os produtos típicos das festas juninas.  

Ainda de acordo com ele, o milho foi um dos mais afetados porque o produto integra parte das commodities (matérias-primas com cotação internacional) agrícolas, que sofreu grande alta no mercado internacional por conta da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Além da guerra, também impacta no preço dos produtos a alta do preço do diesel, que amplia o valor do frete no caso dos alimentos industrializados. O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) acumula alta de 4,93% em 2022. Nos últimos 12 meses, o salto dos preços é de 12,2%, patamar mais de três vezes superior à meta estabelecida pelo governo para este ano.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário