Professo é decapitado na França por exibição de caricaturas
Crime ocorreu na tarde desta sexta-feira (16)
Foto: Reprodução
A classe política e educacional francesa amanheceu o sábado (17) em choque, após a decapitação do professor Samuel Paty, de 47 anos, que exibiu caricaturas de Maomé durante uma aula sobre liberdade de expressão, nos arredores de Paris. O crime ocorreu na tarde desta sexta-feira (16) em plena rua, a 300 metros da escola onde a vítima ensinava história e geografia.
A exibição das caricaturas do jornal satírico Charlie Hebdo durante a aula, na semana passada, havia causado indignação de alguns pais. Um deles chegou a tentar prestar queixa contra o professor e postou um vídeo no YouTube para denunciar a postura em classe. As imagens podem ter estimulado o agressor, que foi morto pela polícia logo depois de cometer o assassinato.
A vítima foi decapitada por volta das 17h locais (12h de Brasília), no meio da rua, perto da escola Bois d'Aulne, onde ele trabalhava, em Conflans-Sainte-Honorine. A pequena cidade de 35 mil habitantes fica a 50 quilômetros de Paris. A Procuradoria Nacional Antiterrorista abriu uma investigação por "assassinato em conexão com entidade terrorista" e "associação criminosa terrorista".
"Todos nós estaremos juntos. Não passarão, o obscurantismo e a violência que o acompanha não vencerão", disse o presidente francês Emmanuel Macron, acompanhado de seu ministro do Interior, Gérald Darmanin, que interrompeu uma viagem ao Marrocos e voltou a Paris. Também integrava a comitiva o ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer. .