Professor de canto é preso por dar "chá" com sêmen a alunas e dizer que líquido melhoraria voz; HD armazenava vídeos de vitimas
Hallan Richar Morais confessou o crime e afirmou ter mais outras cinco vítimas, incluindo uma menor de idade
Foto: Reprodução
O professor de canto Hallan Richard Morais, de 26 anos, foi preso em Tocantins suspeito de tentativa de violação sexual mediante fraude. Segundo a Polícia Cívil, ele deu o próprio sêmen para alunas beberem ao oferecer um suposto chá com a promessa de melhorar a garganta e cordas vocais.
Uma das vítimas percebeu que o líquido havia sido alterado e denunciou o professor para a polícia. O caso foi registrado na noite de sexta-feira (25), quando o professor foi preso em flagrante.
Segundo a Polícia Militar, o professor confessou o crime e afirmou ter mais outras cinco vítimas, incluindo uma menor de idade. No domingo (27), ele teve a prisão convertida em preventiva durante audiência de custódia.
Hallan Richar Morais tem passagem na polícia pelo crime de estupro de vulnerável. No sábado (26), o irmão dele entregou à polícia um HD que armazenava os vídeos das alunas ingerindo o sêmen de Hallan. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (28).
Conforme o Termo de Declaração, o irmão contou que encontrou o dispositivo em uma escrivaninha de Hallan. Ao verificar o HD, ele identificou pelo menos quatro vídeos de mulheres ingerindo o líquido, além de um vídeo do professor se masturbando e filmando crianças em um lote, e fotos de mulheres.
Nas redes sociais, a família do investigado publicou uma nota de repúdio afirmando que repudia as condutas ilícitas de Hallan Richard. "Ante a gravidade e reprovabilidade, bem como a repercussão do caso, a família atravessa um momento de grande sofrimento e se solidariza com as possíveis vítimas e seus familiares, com votos para que a justiça seja feita".
Segundo a Polícia Civil, no caso em que foi preso em flagrante, nenhuma das alunas ingeriu o líquido, por isso, o suspeito foi autuado por tentativa de violação sexual. A substância foi recolhida e deve ser analisada pela perícia para confirmar se é mesmo o sêmen do suspeito ou não.
A Polícia Militar informou que durante a abordagem foram apreendidos dois frascos contendo sêmen e um celular, que seria usado para gravar as vítimas. A defesa de Hallan não se pronunciou publicamente sobre o caso.
As vítimas e testemunhas foram levadas à Casa da Mulher Brasileira para os procedimentos legais cabíveis. O caso será investigado pela 72ª Delegacia de Polícia do Distrito de Luzimangues.
