Programa de semana com quatro dias de trabalho mantém benefícios ao bem-estar e redução, aponta estudo
Há um ano programa piloto foi lançado nos EUA e Canadá
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Um ano após o lançamento de um programa piloto que introduziu a semana de quatro dias de trabalho em empresas nos Estados Unidos e no Canadá, os resultados surpreendem ao mostrar que a média de horas trabalhadas pelos funcionários continuou a diminuir. Além disso, a melhora no bem-estar físico e mental dos colaboradores se manteve consistente ao longo do tempo, contrariando as previsões iniciais que sugeriam um possível esgotamento desse efeito após alguns meses.
As pontuações de saúde física e mental relatadas pelos funcionários se mantiveram estáveis ao longo do período, enquanto o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional continuou a melhorar. Embora tenha havido um aumento nas taxas de esgotamento e uma queda na satisfação com o trabalho, ambos os indicadores permaneceram melhores do que antes da adoção da semana de quatro dias.
O relatório do estudo constatou que, um ano após o início dos testes, que tiveram a duração de seis meses, a média da semana de trabalho dos funcionários caiu de 38 horas para menos de 33 horas, aproximando-se da meta de 32 horas que compõe a semana de trabalho de quatro dias, com jornadas de 8 horas por dia.
Os pesquisadores atribuem a redução adicional das horas de trabalho ao fato de as empresas terem encontrado maneiras mais eficientes de operar, em vez de dependerem do aumento da intensidade do trabalho. Economia de tempo foi alcançada através de uma programação com menos reuniões, simplificação da comunicação e criação de mais tempo de concentração para reduzir distrações.
O estudo sugere que os benefícios da mudança para a semana de quatro dias podem ser duradouros e até mesmo fortalecer-se com o tempo, ao invés de dissiparem.
Os pesquisadores também avaliaram o efeito positivo que a semana de quatro dias teve sobre o bem-estar dos trabalhadores, constatando ganhos de longo prazo. Isso sugere que os efeitos positivos da semana de quatro dias podem estar mais enraizados no bem-estar geral dos indivíduos do que apenas na satisfação com o trabalho, afirmou a pesquisadora principal do estudo, Juliet Schor, professora do Boston College.