Programa oferece capacitação em marketing digital para afroempreendedores em Salvador
No total, ‘AfroEstima’ oferta 13 módulos de aprendizagem
Foto: Pixabay
Visando fortalecer o empreendedorismo negro na capital baiana, o programa AfroEstima iniciou na sede do bloco afro Malê Debalê, no bairro de Itapuã, mais um ciclo de capacitação para os inscritos. Além de realizar um trabalho de valorização e visibilidade voltada para a população negra de Salvador, a iniciativa também tem como objetivo apresentar as diversas possibilidades de ferramentas do ambiente virtual.
As aulas iniciaram nesta semana e, logo no primeiro encontro, a professora de Marketing Digital, Aline Rosário, apresentou aos alunos meios de utilizar ferramentas e recursos das mídias sociais, o tipo de conteúdo a ser postado e como posicionar o próprio negócio através do mundo virtual. No total, o curso tem duração de sete dias, com carga horária de 40h.
“Esperamos que eles possam se desenvolver e se fortalecer, em relação à estrutura do negócio, e consigam melhorar ainda mais as vendas, tornando-se multiplicadores de sucesso do empreendedorismo negro”, disse a professora.
Estilista de moda africana, Ieli Ferreira afirma que o programa, realizado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), vem para agregar ainda mais no processo de vendas do negócio dela. Ela chama atenção, ainda, para a importância das redes sociais durante a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
“Estou conseguindo ampliar a minha visão em relação às redes sociais, pois sei que hoje elas são nosso carro-chefe em relação às vendas. Na pandemia, alguns empreendedores precisaram fechar seus negócios físicos, mas muitos continuaram a trabalhar através do ambiente virtual”, afirmou.
Fomentando a importância da inovação para o comércio e valorizando o rico caldeirão cultural do município, que tem como base saberes e tradições africanos, o AfroEstima é voltado para os diversos atores envolvidos na cadeia produtiva do turismo étnico-afro, tais como baianas de acarajé, capoeiristas, artistas, designers, artesãos, griôs, blocos afros, afoxés, terreiros, feirantes, ambulantes, produtores culturais, guias de turismo, meios de hospedagem e agências.
Quem está inserido em algum desses segmentos passa a ter à disposição uma plataforma virtual, para divulgação de produtos e serviços, além de poder participar de rodadas de negócios e capacitação. No total, o programa ofertará 13 módulos de capacitação, dentre eles Gestão de Negócio e de Liderança, e os participantes receberão certificados ao final de cada curso. As capacitações estão sendo realizadas também em formatos on-line e presencial nas regiões do Pelourinho, Rio Vermelho, Itapuã e nas ilhas de Maré, Bom Jesus dos Passos e Frades.
A artesã Ju Salomão, que está atenta aos conteúdos ministrados na capacitação, disse que já vem trabalhando há algum tempo com redes sociais. No entanto, através da capacitação, conseguirá explorar ainda mais as ferramentas disponíveis. “Hoje, se não conseguimos acompanhar esse processo de evolução da internet e das redes sociais, ficamos para trás. Por isso, estou aqui em busca de poder me aprofundar ainda mais nas redes sociais, em prol do meu negócio”, afirmou.