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Projeção aponta que quantidade de plástico nos oceanos pode chegar a 600 milhões de toneladas até 2040

Responsável por estudo alerta para que medidas sejam feitas o mais rápido possível

Por Da Redação
Ás

Projeção aponta que quantidade de plástico nos oceanos pode chegar a 600 milhões de toneladas até 2040

Foto: Reprodução

O volume de plástico existente no mercado deve dobrar de quantidade, o volume anual do produto que entra no oceano subirá de 11 milhões de toneladas, em 2016, para 29 milhões de toneladas, em 2040, e a quantidade nos oceanos quadruplicará, atingindo, no mesmo período, mais de 600 milhões de toneladas, caso nada seja feito.

A previsão é de um estudo publicado este mês pela Pew Charitable Trusts e a Systemiq e feito em parceria pela Fundação Ellen MacArthur, Universidade de Oxford, Universidade de Leeds e Common Seas. Os 29 milhões de toneladas de plástico que podem entrar nos oceanos em 2040 representa 100% de emissão de gases de efeito estufa, considerando um cenário sem mudanças na cultura ou no comportamento do consumidor. 

Solução

Para a idealizadora da fundação, Ellen MacArthur, a solução tem que ser encontrada muito antes que o plástico chegue aos oceanos. Ela reiterou que uma mudança em direção a uma economia circular, com a máxima redução do uso do plástico, da coleta e reciclagem, e a substituição do produto sempre que possível, permitiria que, até 2040 o volume que entra nos oceanos caísse para 5 milhões de toneladas por ano.

O custo total para todo o sistema, que abrange desde a matéria-prima até a produção e o gerenciamento pós-uso, seria reduzido para US$ 740 bilhões. Considerando dados de 2016, que indicam um vazamento de 11 milhões de toneladas de plástico nos oceanos, a redução seria de 52%. A emissão de gases poluentes na atmosfera diminuiria para 75% ao ano.

O que fazer agora?

A Fundação Ellen MacArthur enumera, entre as ações urgentes a serem adotadas pelos países e pela sociedade, a eliminação dos plásticos não necessários, “não só removendo os canudos e as sacolas, mas também ampliando modelos de entrega inovadores, que levem os produtos aos clientes sem embalagem ou utilizando embalagens retornáveis e estabelecendo metas ambiciosas para reduzir o uso de plástico virgem”.

A entidade avalia também que a redução do uso em cerca de 50% até 2040 equivaleria a um crescimento nulo no uso de plásticos para o período. Para ela, é essencial financiar a infraestrutura de modo a aumentar a capacidade de coleta e circulação desses itens, o que demandaria recursos em torno de US$ 30 bilhões por ano.

Por isso, a instituição recomenda a implementação em todo o mundo, com urgência, de “mecanismos que melhorem as condições econômicas da reciclagem e forneçam fluxos de financiamento estáveis com contribuições justas da indústria”, como a responsabilidade estendida do produtor e outras iniciativas.  

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