Projeto desenvolvido no Conde, município baiano, propõe alternativa ecológica ao glitter tradicional

Buscando aliar o brilho do Carnaval à preservação ambiental, alunos do Colégio Estadual Celso Mendes de Lima, em Conde, desenvolveram um bioglitter sustentável feito à base de amido de milho. A inovação oferece uma alternativa ecológica ao glitter tradicional, que contém microplásticos e representa um risco para o meio ambiente.

A iniciativa surgiu no curso técnico de Agroindústria e integra as ações da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), que incentiva projetos científicos voltados para a sustentabilidade. O bioglitter criado pelos estudantes demonstra como a pesquisa aplicada pode trazer soluções acessíveis e ambientalmente responsáveis.

Com a proposta, os jovens buscam transformar a maneira como os foliões aproveitam a festa, mostrando que é possível manter o brilho do Carnaval sem prejudicar a natureza. O projeto reflete a importância da educação na criação de alternativas inovadoras para problemas ambientais.

O projeto envolveu os estudantes Natiane Dantas, Wellington Santos e Gleice Lopes, que pesquisaram ingredientes sustentáveis e testaram pigmentos naturais como jamelão, feijão azul, hibisco e urucum, encontrados na região. Além de desenvolverem um produto viável, os alunos aprofundaram seus conhecimentos sobre a biodiversidade local e suas aplicações na preservação ambiental.

A estudante Natiane Dantas, de 15 anos, destacou a importância da experiência na iniciação científica. “Esse projeto nos ajudou a desenvolver o pensamento crítico e a criatividade. Criamos um produto natural que pode ser usado no Carnaval e em outras ocasiões, reduzindo a poluição causada pelos microplásticos”, explica.