Projeto reúne escritoras negras para escrever uma nova história!
Aos detalhes...

Foto: Divulgação Assessoria
Para que as crianças negras possam se enxergar na literatura brasileira, sem estereótipos, o ‘Baobá de Histórias – Por literaturas Decoloniais’ realiza em escolas públicas baianas, entre 24 de outubro a 20 de dezembro, diversas ações artísticas. Contações de histórias de afro-narrativas locais, oficinas criativas afrorreferenciadas e capacitações formativas que promovam a pluralidade étnica e racial em instituições das redes municipais de ensino integram a programação do projeto. “Um Baobá é formado por sementes, dura anos pelo conteúdo que recebe: água, adubo, luz. Somos sempre renovação! Assim é a literatura preta e antirracista infantojuvenil”, define Patrícia Bernardes, jornalista, agente de comunicação e consultora em projetos literários e culturais. O projeto tem como objetivo valorizar as literaturas e a produção artística negras para infâncias, como também ressaltar a importância da aplicação da Lei 10.639/2003, que completa 20 anos e é considerada um marco por tornar obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana em escolas públicas e privadas do Brasil. “Baobá de Histórias cria pontes entre as literaturas de autoria negro-baiana e leva para escolas públicas (majoritariamente composta por estudantes negros/negras) afro-narrativas e oficinas afrorreferenciadas que ressaltam a produção cultural, histórica, territorial, identitária, social e familiar das sociedades africanas e das populações afro-diaspóricas baianas”, explica Helena Nascimento, padagpga, escritora e idealizadora do projeto. A ação atenderá especificamente a oito escolas municipais, de Educação Infantil e Ensino Fundamental I. A Escola Municipal João Lino, localizada no Pelourinho, será a primeira instituição de ensino a abrir as portas para o Baobá de Histórias. A iniciativa foi abraçada pelas escritoras baianas Paula Brito e Márcia Mendes, pela artista visual.