Promessas de Lula e programas que ficaram de fora do Orçamento 2023 devem exigir R$ 119 bilhões extras
Alckmin e Lula devem se reunir hoje para definir quais serão as prioridades
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
Para cumprir as principais promessas de campanha e incluir programas na área da saúde e da educação, que ficaram de fora da previsão orçamentária de 2023, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai precisar garantir uma licença para gastos de cerca de R$ 119 bilhões. Dentro do cálculo também entram o auxílio de R$ 600 com o adicional para crianças de até 6 anos, correção do salário mínimo e abatimentos no Imposto de Renda.
Além das promessas e bancar programas já existentes, o Orçamento terá que ser reajustado para garantir que obras e serviços não sejam interrompidos. Ideia é aprovar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) com os recursos extras, intitulada PEC da Transição.
De acordo com cálculos do relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB), a manutenção do auxílio de R$ 600 a mais de 21 milhões de famílias vai custar R$ 52 bilhões e ao acrescentar R$ 150 por filho de até 6 anos, o custo adicional é de R$ 18 bilhões.
Outra expectativa é adicionar R$ 5,5 bilhões ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), considerando o reajuste pleiteado desde 2017 pela área educacional.