Propina para servidores da ANP era "café" e "almoço", aponta PF
Quadrilha é investigada por venda de combustíveis adulterados
Foto: Saulo Cruz/MME
Investigada pela Polícia Federal, uma quadrilha que vendia combustíveis adulterados se referia às propinas pagas a servidores públicos como "café" e "almoço". O esquema contava com um suposto favorecimento por parte de um auditor fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. A informação foi divulgada pelo jornal Estadão.
Os códigos eram usados pelos investigados durante as discussões de valores que seriam pagos a funcionários da Agência Nacional do Petróleo (ANP) responsáveis por fiscalizações nos postos sob suspeita. A ANP é vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
Por meio de nota, a ANP informou ter afastado do exercício das atividades dois terceirizados que prestavam serviços para a agência na capital paulista. Além disso, a agência afirmou que “segue colaborando com as investigações”.
Até agora, a PF identificou três organizações criminosas especializadas em adulteração de combustível, até com uso de metanol, substância altamente inflamável e tóxica, cujo uso como combustível é proibido.