PSDB vai discutir pedido de impeachment contra Bolsonaro após supostas 'declarações graves'
Reunião foi agendada pelo presidente do partido, Bruno Araújo, nesta quarta-feira (8)
Foto: Marcos Corrêa/PR
O presidente do PSDB, Bruno Araújo, convocou uma reunião Extraordinária nesta quarta-feira (8) para discutir as supostas declarações "graves" do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) feitas nesta terça-feira (7) em ato no Dia da Independência do Brasil, em Brasília.
De acordo com o partido, os pronunciamentos do chefe do Executivo foram "gravíssimos" e abre discussão para abertura de impeachment e "eventuais medidas legais" contra o presidente.
O ato em apoio ao governo Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios reuniu milhares de apoiadores, ministros e o presidente, que em um dos seus posicionamentos, disse que todos ali presentes juravam respeitar a Constituição e que, quem "age fora dela", ou "se enquadra ou pede para sair".
"Não aceitaremos que qualquer autoridade usando a força do poder passe por cima da nossa Constituição. Não mais aceitaremos qualquer medida, qualquer ação ou qualquer sentença que venha fora das quatro linhas da Constituição", disse em discurso.
Bolsonaro também comentou que as pessoas não podem continuar aceitando que "uma pessoa específica" de um dos Três Poderes "continue barbarizando a população".
"Não podemos aceitar mais prisões políticas no nosso Brasil", completou ao se referir, sem mencionar, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por ordenar prisões de Roberto Jefferson, Daniel Silveira, o ex-policial militar Cássio Rodrigues, o jornalista Wellington Macedo e o cantor Sérgio Reis, entre outras pessoas.