PT-BA critica nota do partido em Curaçá sobre caso de racismo contra policial
Em nota, a sigla estadual disse que a justificativa é "inadmissível" e pediu desculpas à vítima
Foto: Reprodução
O Partido dos Trabalhadores da Bahia (PT-BA) criticou, nesta quinta (24), uma nota emitida pelo partido em Curaçá, no norte do estado, em que presta apoio para a presidente da sigla na cidade, Libânia Torres, presa após chamar um policial de "macaco", em Salvador.
Em uma rede social, o PT de Curaçá disse que a conduta da presidente não é classificada como racismo e justificou que a palavra "macaco" faz parte da "cultura nordestina e Curaçaense, herdada de Lampião".
Em resposta, a sigla estadual disse que a justificativa é "inadmissível" e que "não se encaixa no contexto utilizado contra um policial negro no exercício do seu trabalho".
"Acreditamos que é inadmissível a lembrança do uso do termo “macaco” empregado pelo cangaço para se referir a policiais e pistoleiros que o perseguiam. O termo sobrevive no linguajar popular do norte baiano e em outros estados do Nordeste, mas registra um período histórico que não se encaixa no contexto utilizado contra um policial negro no exercício do seu trabalho.", disse o PT-BA em nota.
Ainda na nota, o PT-BA classificou o ocorrido como caso de injúria racial e pediu desculpas ao policial e aos integrantes de movimentos pela população negra.