"Punhal Verde e Amarelo": Procuradoria-Geral da República avalia participação de Bolsonaro em plano e analisa possibilidade de acusação criminal
Policia Federal investiga a existência de uma organização criminosa no entorno do ex-presidente
Foto: Carolina Antunes/PR
A Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliou e atribuiu o plano golpista que tinha como objetivo matar o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin como mais um elemento que aumenta as possibilidades de uma única acusação com diversas práticas criminosas, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados.
A Polícia Federal (PF) suspeita da existência de uma organização criminosa envolvendo Bolsonaro que atuou para tentar algumas práticas criminosas, como: aplicar um golpe de Estado, atacar instituições, vender joias ilegalmente, fraudar cartões de vacinação e espionar adversários.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, deve receber a resolução da PF sobre a trama golpista nos próximos dias. Os auxiliares do procurador analisam que será necessário examinar a suposta participação do ex-presidente nas tentativas dos atos golpistas, junto aos outros inquéritos para comprovar as ligações.
A PF identificou cinco ações da possível organização criminosa para obter vantagens diversas. Confira quais:
1. Ataques virtuais a opositores;
2. Ataques às Instituições, às urnas eletrônicas, ao processo eleitoral;
3. Tentativa de Golpe de Estado e de Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
4. Ataques às vacinas contra Covid-19 e medidas sanitárias na pandemia;
5. Uso de estrutura do Estado para obtenção de vantagens, como inserção de dados falsos em cartões de vacina, desvio de joias e ataques as vacinas e às medidas sanitárias na pandemia.
Bolsonaro não se manifestou sobre as acusações que surgiram nessa semana, mas em ocasiões passadas negou a participação em uma tentativa de golpe de estado.