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Putin oficializa independência de duas áreas separatistas da Ucrânia

Um documento foi assinado nesta segunda-feira (21), em transmissão ao vivo na televisão

Por Da Redação
Ás

Putin oficializa independência de duas áreas separatistas da Ucrânia

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em anúncio feito durante um discurso televisionado, nesta segunda-feira (21), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu a independência de duas áreas separatistas da Ucrânia. 

“Considero necessário tomar uma decisão muito atrasada: reconhecer imediatamente a independência e a soberania da República Popular de Donetsk e da República Popular de Luhansk”, afirmou.

No pronunciamento, Putin pediu à Assembleia Federal que apoie a decisão e também ratifique os tratados de amizade e assistência mútua com ambas as repúblicas.

“E daqueles que tomaram e detêm o poder em Kiev, exigimos o fim imediato das hostilidades. Caso contrário, toda a responsabilidade pela possível continuação do derramamento de sangue será inteiramente da consciência do regime que governa o território da Ucrânia”, defendeu.

Putin assinou um documento sinalizando o reconhecimento e fazendo acordos de cooperação com as autodeclaradas repúblicas. No entanto, antes, ele ressaltou que a situação no Leste da Ucrânia é crítica e que o país é parte da história da Rússia.

Além disso, Putin reforçou que a independência da Ucrânia se deu devido ao desmembramento da União Soviética.

“É importante entender que a Ucrânia nunca teve uma tradição consistente de ser uma nação de verdade. Começaram a copiar modelos estrangeiros que não faziam parte de sua cultura”, argumentou, citando momentos da história da União Soviética e da Ucrânia e complementando que “oligarcas gananciosos dividem a Ucrânia”, com líderes corruptos que “embolsam dinheiro em detrimento do povo”.

“Vamos começar com o fato de que a Ucrânia moderna foi inteiramente criada pela Rússia, mais precisamente, pelos bolcheviques, a Rússia comunista. Esse processo começou quase imediatamente após a revolução de 1917”, disse, apontando o Leste europeu como “marionete dos EUA”.

“Se a Ucrânia tiver armas de destruição em massa, a situação global mudará drasticamente, não podemos ignorar isso”, concluiu, citando a união do país à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) como uma ameaça. 

Após a assinatura do documento que reconhece a independência das regiões de Luhansk e Donetsk, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou que é necessário “aplicar o máximo de pressão contra a Rússia”.

“Está ficando claro que precisaremos começar a aplicar o máximo de pressão possível, porque é difícil ver como essa situação melhora”, defendeu.

Já Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca, afirmou que Biden “emitirá em breve uma ordem executiva que proibirá novos investimentos, comércio e financiamento dos EUA. pessoas para, de ou nas chamadas regiões DNR e LNR da Ucrânia”.

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