"Quando vai ser o pico, eu não sei e ninguém sabe", diz Teich sobre infecções da Covid-19
Ele ainda disse que não há como saber se vai ter uma nova onda de contaminações
Foto: Reprodução
Em sua primeira fala a parlamentares, nesta quarta-feira (29), o ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou não ser possível definir quando será o pico das infecções pela Covid-19 no Brasil. "Quando vai ser o pico, eu não sei e ninguém sabe", colocou. Ele ainda disse que não há como saber se vai ter uma nova onda de contaminações, uma vez que não é possível determinar o percentual da sociedade que está infectado, por causa dos casos sem sintomas e ainda de casos de pessoas que já haviam sido contaminadas pela Covid-19 e, apesar dos anticorpos, foram novamente infectadas. "Sem esse conhecimento, você literalmente está navegando às cegas", afirmou.
O ministro ainda ponderou que quando existem incertezas, não tem como tomar decisões em longo prazo e preferiu não comentar as ações de Bolsonaro contra o isolamento, mas garantiu que há um alinhamento total entre eles, que está em "ajudar as pessoas".
Teich mostrou que não tem a capacidade comunicativa do seu antecessor, Luiz Henrique Mandetta, e já no primeiro bloco de respostas, deixou claro que não consegue responder de forma rápida perguntas complexas, sob o risco de ser mal compreendido. Ao que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, demandou que ministro fosse mais "sucinto" e "didático".
O ponto central do primeiro bloco de questionamentos foi quanto ao isolamento social, ação adotada em Estados e municípios, e criticada por Jair Bolsonaro. Sobre a questão, falou que "a única coisa que se sabe é que o afastamento diminui o risco de contágio", mas reafirmou que o ministério desenvolve diretrizes para passar aos governantes.