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Economia

Quase 2,4 milhões de mulheres não têm direitos econômicos similares aos dos homens

Ao menos 178 países mantêm barreiras legais que evitam a participação feminina no mercado de trabalho

Por Da Redação
Ás

Quase 2,4 milhões de mulheres não têm direitos econômicos similares aos dos homens

Foto: Monty Rakusen/Cultura Creative

Um  levantamento feito pelo Banco Mundial, divulgado recentemente, apontou que 2,4 bilhões de mulheres no mundo, em idade produtiva, não possuem oportunidades iguais aos homens na economia. No entanto, apesar da pandemia, 23 países, incluindo Angola, melhoraram as leis para avançar a inclusão econômica das mulheres no ano passado.

Atualmente, o estudo aponta que ao menos  78 países ainda mantêm barreiras legais que não permitem a participação econômica feminina no mercado de trabalho.

Por meio do relatório Mulheres, Negócios e a Lei 2022, o Banco Mundial apontou que em 86 nações as mulheres têm algum tipo de restrição para alcançar direitos iguais. Já outras 95 falham em dar garantias sobre pagamentos iguais para o mesmo trabalho feito por homens e mulheres.

Entre os 23 países conseguiram avanços nas leis para incentivar a inclusão econômica de mulheres, está a nação africana de língua portuguesa, Angola, que tornou o assédio sexual no trabalho um crime, no último ano.

A vice-presidente do Parlamento do país, Emília Carlota Dias, defende que os homens devem investir mais na parceria com as mulheres para o bem de todos.

“A situação da paridade vai trazer outros problemas, porque os homens vão achando que nunca vão conseguir porque têm que estar representadas as mulheres. Mas a nossa voz tem que ser ouvida. Nós temos exemplos de grandes mulheres e de heroínas.”, afirmou à ONU News, antes da divulgação do levantamento.

Segundo o estudo, as mulheres têm somente 75% dos direitos dados aos homens no mundo todo. 

Casamento

A diretora de políticas de desenvolvimento e parcerias, Mari Pangestu, afirmou que a diferença entre mulheres e homens é de US$ 172 trilhões, quase o dobro do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Segundo ela, mesmo com os avanços, é preciso alcançar um desenvolvimento inclusivo e apressar o ritmo das reformas legais para que as mulheres possam atingir o potencial.

O relatório do Banco Mundial mensura ainda leis e regulações em 190 países e oito áreas que impactam a participação econômica feminina, mobilidade, local de trabalho, pagamento, casamento, maternidade, empreendedorismo, ativos e aposentadorias. 

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