Queda de avião em Vinhedo: manual alerta para risco de “gelo severo”
Pilotos que sobrevoavam a região no dia do acidente, relataram condições climáticas estavam propícias para a formação de gelo
Foto: Divulgação
O manual de operação do ATR-72, avião que caiu em Vinhedo, aponta risco de perda de velocidade com o acúmulo de gelo na superfície das asas da aeronave. se nada for feito para retomar a velocidade ideal, isso pode levar à perda de sustentação, ou “estolar”, no jargão da aeronáutica, de acordo com o texto.
No dia do acidente, pilotos que sobrevoavam a região relataram que as condições climáticas estavam propícias para a formação de gelo. O avião da VoePass sobrevoava a cidade a uma altitude de 5.100 metros.
O manual afirma que, “em caso de encontros inesperados com as condições de gelo severo”, a tripulação deve procurar “sair dessas condições imediatamente”. A recomendação do fabricante é que o piloto acione os motores em potência máxima, segure o manche com firmeza para evitar trepidações e abaixe o “nariz” do avião, tentando evitar que ele entre em movimento de “estol”.
Além disso, o documento indica uma lista de série de indicativos aos quais o piloto deve se atentar para saber em que momento a situação se torna emergencial. Entre eles, o gelo cobrindo parte das janelas frontais e laterais da cabine, eventualmente com água espirrando no para-brisa. Se o sinal for observado por um curto período de tempo, cerca de 30 segundos, é um indicativo de problemas.
A principal hipótese para que o acidente tenha acontecido é uma falha no sistema de anticongelamento.