Queda de ponte que liga Tocantins e Maranhão já soma 16 desaparecidos
Duas pessoas morreram e uma está internada
Foto: Prefeitura de Estreito
O número de pessoas desaparecidas já chega a 16, depois da queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, sobre o Rio Tocantins, na tarde deste domingo (22). O dado foi atualizado no final da manhã desta segunda-feira (23) pela Defesa Civil de Estreito, no Maranhão. Uma pessoa morreu e uma está internada.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, em uma rede social, seguir com muita atenção o desenvolvimento do acidente e prestou solidariedade aos familiares das vítimas.
“O ministro Renan Filho [Transportes] está no local com os governadores do Maranhão, Carlos Brandão, e do Tocantins, Wanderlei Barbosa, e autoridades nacionais e locais para prestar toda ajuda do governo federal na retomada do resgate das vítimas e apuração sobre o ocorrido. Meus sentimentos aos familiares das vítimas”, relatou Lula.
Situada na BR-226, a ponte conecta as cidades de Estreito (MA) e de Aguiarnópolis (TO). Na tarde de domingo (22), o vão central da ponte, com 533 metros de extensão, cedeu, derrubando uns 10 veículos, eles eram quatro caminhões, três veículos de passeio e três motocicletas.
Devido o acidente, a BR-226 foi interditada. O ministro Renan Filho declarou, através de uma rede social, que equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) estão em deslocamento para o local. “Equipes da autarquia estão se deslocando para o local visando avaliar a situação, apurar as possíveis causas e tomar as medidas necessárias”, comunicou.
Renan Filho chegou onde o acidente ocorreu no final da manhã, acompanhado dos governadores do Maranhão, Carlos Brandão, e do Tocantins, Wanderlei Barbosa. O titular da pasta de Transportes vai avaliar a possibilidade de construção de uma ponte temporária do Exército.
Alguns minutos antes de embarcar, o ministro declarou que, além da vistoria da ponte, começarão também as medidas para investigar as responsabilidades sobre o acontecido, “tomar as medidas cabíveis para o momento e já começar os trabalhos para recuperar essa conexão importante entre os dois estados”. De acordo com o governador do Maranhão, foi decretado estado de emergência na região. Brandão retribuiu o apoio do presidente Lula.
“Garanto que não mediremos esforços para dar o suporte necessário às famílias atingidas, bem como para trabalhar na reconstrução da ponte e do retorno do fluxo de veículos entre os estados”, disse o governador em uma rede social.
Já o governador do Tocantins afirmou que juntamente com as autoridades locais e nacionais está “unindo forças no resgate das vítimas, investigação do ocorrido e planejamento da reestruturação”.
Contaminação da água
As autoridades fizeram um sobrevoo na área para checar a extensão do acidente. As buscas no local foram interrompidas já que tem à possibilidade de contaminação da água do rio por causa das substâncias químicas levadas nos caminhões que caíram da ponte. Ao total, 14 mergulhadores estão trabalhando com as buscas.
As secretarias de estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e da Defesa Civil Estadual do Tocantins, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Maranhão (Sema) e a prefeitura de Estreito fizeram um alerta para que a população não consuma e tome banho nas águas do rio.
No Maranhão, o alerta vale, sobretudo, para as cidades de Estreito, Porto Franco, Campestre, Ribamar Fiquene, Governador Edison Lobão, Imperatriz, Cidelândia, Vila Nova dos Martírios e São Pedro da Água Branca.
Devido as circunstâncias a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) determinou a paralisação temporária dos sistemas de captação, tratamento e produção de água em Imperatriz. O município tem uma distância de pouco mais de 120 km de Estreito e o abastecimento de água é realizado com água do rio Tocantins.
De acordo com o governo do Maranhão, a Caema mandará caminhões-pipa para as regiões afetadas, que fornecerão água em locais públicos, como: unidades de saúde e delegacias.