Queimadas dobraram nos primeiro meses de 2024 se comparado com ano passado, aponta Inpe
Número total de queimadas em todo o país cresceu 81%, contabilizando 17.064 ocorrências nos primeiros quatro meses do ano
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Durante o primeiro dia de janeiro de 2024 e a última segunda-feira (29), a Amazônia já somou 8.969 focos de queimadas, um aumento de 153% em comparação com 2023, que contou 3.540 focos. Os dados foram divulgados pelo programa de monitoramento de queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e não se limitam ao bioma amazônico.
De acordo com o órgão, o número total de queimadas em todo o país cresceu 81%, contabilizando 17.064 ocorrências nos primeiros quatro meses do ano. Os focos de incêndio apenas na área dos nove estados que compõem a região da Amazônia Legal representam mais de 60% das queimadas no Brasil.
Em comparação com o ano passado o aumento é bem expressivo, isso se deu pouco depois da estiagem histórica que assolou a região entre junho e agosto de 2023, e é considerado pelo próprio Inpe como um efeito colateral da seca.
O segundo maior bioma brasileiro e uma das regiões com maior biodiversidade do mundo, o Cerrado, tem dados feitos pelo Inpe que mostram cerca de 1.300 focos de incêndio a mais do que nos primeiros quatro meses do ano passado, foram 4.506 ao todo.
Além do norte e nordeste do país, o destaque vai para o Pantanal, que mesmo nos meses considerados mais chuvosos, os primeiros do ano, contabilizou 646 pontos de fogo na vegetação, representando o aumento expressivo de 1.033% em comparação ao período homólogo.