Queimadas e tempo seco impactam na saúde respiratória e ocular
Cerca de 25% das pessoas apresentam a síndrome do olho seco nesta época do ano
Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil
O crescimento das queimadas, neste período do ano, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil, afeta milhares de pessoas, que são expostas a um clima mais seco, quente e poluído. As partículas de poluição contêm monóxido de carbono que podem causar e agravar problemas respiratórios nos pacientes com doenças crônicas como a asma e a rinite.
“Precisamos ficar mais atentos entre os meses de junho a novembro, principalmente em agosto e setembro, quando temos um alto índice de pacientes com crise de rinite e asma alérgica. Entre 20% e 25% das pessoas apresentam a síndrome do olho seco e 12% podem ter a conjuntivite alérgica”, alerta Dr. Raphael Coelho Figueredo, membro da Comissão de Biodiversidade, Poluição e Clima da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).
Figueiredo explica que, neste período do ano, é importante reforçar cuidados, umidificando o ambiente, hidratar-se muito ao longo do dia e usar, com orientação médica, lubrificantes oculares.
O especialista ressalta ainda a importância de um trabalho de conscientização acerca das queimadas e à poluição, e a necessidade dos pacientes seguirem o tratamento de asma e rinite para evitar a exacerbação das doenças durante essa época.
“Além do trabalho de conscientização que os gestores públicos precisam fazer em relação às queimadas e à poluição, é preciso que o paciente siga o tratamento de asma e rinite passado pelo especialista, além da necessidade em adotar práticas de hidratação. Desta forma, o paciente previne a exacerbação das doenças e consegue superar esse período mais seco e mais poluído sem tanto desconforto e idas à emergência”, explica Dr. Raphael Coelho.