Queiroga pede que estados sigam PNI e critica 'demagogia vacinal'
Governo defende a prioridade da aplicação de dose de reforço contra a Covid-19

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu, nesta quarta-feira (25), que os estados sigam a "soberania" do Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19 e criticou "demagogia vacinal". O governo federal defende que a prioridade seja para a aplicação da dose de reforço em idosos acima de 70 anos. "Se a gente decide que os profissionais de saúde não são prioridade (para a dose de reforço), não adianta uma demagogia vacinal dizer que vai aplicar", disse.
Queiroga criticou a decisão dos estados de imunizar jovens de 12 a 17 anos, que ainda não é recomendada pela Pasta. Além disso, afirma também que se os líderes estaduais não seguirem a decisão, "vai faltar dose mesmo".
"Se cada um quiser fazer seu próprio regime, não vai dar porque nós não vamos conseguir entregar essas doses. E não adianta ficar noticiando na imprensa que o ministério atrasou, que faltou dose, porque se for diferente vai faltar dose mesmo. Não vale ir para a Justiça. O direito de ir para a Justiça é universal, é constitucional, mas o juiz não vai assegurar dose que não existe", afirmou.
Aplicação da dose de reforço
Durante entrevista coletiva, nesta quarta (25), o ministro da Saúde confirmou a aplicação da dose de reforço contra a Covid-19 para idosos acima de 70 anos. Além disso, também foi aprovada a antecipação da segunda dose para alguns casos.
A motivação é para tentar conter o avanço da variante Delta. A dose de reforço será com o imunizante Pfizer e está prevista para começar a ser aplicada em setembro, em pessoas que receberam as outras duas há cerca de seis meses.
“Nos países onde a variante tem transmissão comunitária tem havido maior problemas nos idosos e naqueles que não foram ainda vacinados. Vacinando os idosos com este reforço teremos proteção adicional", disse.