“Queremos justiça”, diz mãe de adolescente assassinada a caminho da escola em Salvador
Familiares e amigos de Cristal protestaram na manhã desta quarta (3)
Foto: Mônica Sosnierz
O caso da adolescente Cristal Rodrigues Pacheco, de 15 anos, assassinada no bairro do Campo Grande, em Salvador, após uma tentativa de assalto, ganhou repercussão nacional nos veículos de notícia brasileiro. Na noite desta quarta-feira (3), Sandra, mãe da adolescente falou pela primeira vez em entrevista concedida a TV Bahia, sobre o que aconteceu no dia do crime.
“Foi tudo muito rápido. Estávamos fazendo o mesmo percurso de todos os dias quando fui abordada por duas meliantes. Eu disse a elas que não tinha celular e uma delas falou que eu tinha um relógio e uma aliança. Ela me mostrou um revólver e estava também com uma faca de cabo branco. No manuseio de arma, ela acabou acertando a minha filha que estava a uma distância de 1 metro.”
Familiares e amigos de Cristal protestaram nesta manhã pela morte da adolescente. Eles fizeram uma caminhada pelo campo grande e montaram um memorial no local onde cristal foi atingida pelo disparo. Sandra também falou como se sente com toda a repercussão.
“ Nunca imaginei que minha filha era tão amada e acarinhada pelas pessoas. Me senti abraçada e acarinhada, fiquei muito surpresa e emocionada. Aí da estamos sofrendo, principalmente a minha pequena que presenciou tudo.”
A família de Cristal prestou depoimento hoje a polícia. Na manhã de ontem, uma das autoras foi identificada e presa enquanto a outra segue foragida.
Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que o crime aconteceu. Cristal caminhava até a escola acompanhada da mãe e da irmã, quando foi abordada por duas mulheres. Em seguida é possível ver é irmã passar correndo, assustada. Uma segunda câmera mostra o momento em que Cristal cai no chão e as suspeitas saem correndo.
O corpo de Cristal foi sepultado no mesmo dia, no Cemitério Campo Santo sob forte comoção. A polícia segue com as buscas para identificar a segunda suspeita, que até então está foragida. O policiamento na região do Campo Grande foi reforçado e a escola onde Cristal estudava decretou luto oficial de três dias.