Reabertura do Museu Wanderley Pinho ainda é incógnita, mesmo com obras de revitalização há mais de um ano concluídas
O Ipac já havia abrigado em um dos mais imponentes monumentos sobre a história da escravidão nos engenhos do Recôncavo
Foto: Reprodução/TatianaAzeviche/Setur
Com obras de requalificação e restauro prontas há mais de um ano, o Museu Wanderley Pinho permanece fechado e sem data de reabertura definida. O equipamento público, que fica em Caboto, distrito de Candeias às margens da Baía de Todos os Santos, foi revitalizado com investimentos de R$ 27 milhões obtidos junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O investimento foi feito a partir do Prodetur Nacional, programa voltado a alavancar a cadeia turística em todo o Brasil e financiado com recursos da instituição. Técnicos e especialistas em conversa com o METRO1, revelaram que o espaço permanece inativo porque a Secult não tocou adiante a última etapa da requalificação do equipamento, a expografia. A parcela sob esfera da Secult, é essencial para retomar as atividades do Wanderley Pinho.
Após mais de duas décadas de fechamento, o responsável pelo museu, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), já vinha trabalhando para reativar o equipamento. Concretizou a restauração de imagens junto à Fundação Pierre Verger e iniciou o tratamento de obras do artista plástico Frans Krajcberg que estavam em franco processo de degradação no sítio onde o polonês radicado na Bahia passou boa parte da vida, situado em Nova Viçosa, no extremo-sul do estado.
A equipe do Ipac já havia abrigado em um dos mais imponentes monumentos sobre a história da escravidão nos engenhos do Recôncavo e tombado em 1944 pelo Iphan. A ideia inicial era reinaugurar o espaço em novembro deste ano.