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Economia

Real dá mais poder de compra a brasileiros em outros países da América Latina, do que na Argentina

cidades como Buenos Aires e Bariloche (Argentina) e Santiago (Chile) foram os destinos mais procurados por Brasileiros

Por Da Redação
Ás

Real dá mais poder de compra a brasileiros em outros países da América Latina, do que na Argentina

Foto: Pexels

A queda no valor do preço argentino  transformou o país vizinho em uma atração vantajosa para os turistas. No entanto, o ganho de poder de compra do real não é um caso isolado, já que a combinação de fatores econômicos externos e crises políticas domésticas têm pressionado a desvalorização de outros moedas latino-americanas frente não apenas ao dólar, mas também ao real – o que ajuda a vida de quem está planejando viajar para determinados destinos da América Latina. 

De acordo com informações do site Decolar, cidades como Buenos Aires e Bariloche (Argentina), Santiago (Chile), Montevidéu (Uruguai) e Lima (Peru) foram os destinos internacionais mais procurados pelos brasileiros na América Latina desde o início do ano. A escolha dessas regiões coincide com a lista de países cujas moedas se desvalorizaram mais perante o dólar do que o real nos últimos tempos.

No último ano, o real teve o melhor desempenho ante o dólar do que os pesos mexicano, chileno e colombiano, por exemplo. Para o economista da XP Francisco Nobre, além de fatores domésticos, a alta nos preços das commodities vem pressionando as moedas de países latino-americanos por causa da dependência dos países aos produtos que são negociados em dólar. As informações são do Estadão.

No entanto, como o câmbio das moedas da região varia muito, como fazer as contas para saber se está valendo a pena ir para determinado país? Segundo o educador financeiro do banco C6, Liao Yu Chieh, a resposta é simples: é necessário pesquisar os preços de restaurantes, de atrações turísticas e de itens de alimentação nos supermercados. Tudo isso ajuda a entender não só a conversão, mas quanto o real é capaz de comprar em cada destino.

“O melhor jeito de aproveitar o momento de desvalorização das moedas é estudando o custo de vida do país montar um roteiro”, diz Chieh. O educador financeiro pontua que estar atento à variação do real ante ao dólar é primordial na preparação de viagens. “Sempre que o real fica mais forte, ou seja, se valoriza ante ao dólar, o poder de compra do turista brasileiro aumenta.”

Segundo o levantamento da revista The Economist, em dezembro de 2021, o preço médio de Big Mac no Brasil era de R$ 22,90. Na cotação da época, o valor do lanche nos Estados Unidos custaria R$ 30,85 para um brasileiro, o que significaria uma redução no poder de compra de 25,77%. Se analisado na variação do câmbio em julho deste ano, essa defasagem do real aumenta para 27,95%, com o sanduiche custando R$ 31,78.

No caso da Argentina, principal destino de viagem internacionais dos brasileiros, o peso se desvalorizou 22% ante ao real e 23% ao dólar americano em 12 meses. Conforme o indexador, em dezembro de 2021, o sanduíche custava aproximadamente R$ 22,75 em solo argentino. Seis meses depois, o preço caiu para R$ 18,85, ficando mais barato para os brasileiros (veja a comparação entre diferentes países no gráfico abaixo).

Dos países da América do Latina analisados pela The Economist, o real só tem poder de compra inferior ao Uruguai. Hoje, o sanduíche tradicional do McDonald’s sairia hoje a R$ 30,82 no país, ou 25,7% a mais do que por aqui.

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