Rede privada inclui medicamentos de alto custo nos tratamentos de pacientes com Covid-19
Tratamentos variam de R$ 3 mil a R$ 30 mil, a depender do estágio da doença
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Hospitais privados brasileiros passaram a incluir medicamentos de alto custo nos tratamentos contra a Covid-19, que foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por muitas vezes, alto custo era diretamente do paciente, com valor de R$ 3 a R$ 6 mil pelo tocilizumabe e entre R$ 20 mil e R$ 30 mil pelo remdesivir. As informações são do jornal O GLOBO.
A decisão do medicamento é, normalmente, individualizada e recomendada após a avaliação do estágio da doença do paciente e das suas condições clínicas. Será a fase da doença do paciente que vai determinar qual tratamento será realizado com ele.
Os dois medicamentos devem ser utilizados em momentos diferentes da internação pela Covid-19. O remdesivir, por exemplo, deve ser utilizado nos momentos iniciais para impedir a replicação do vírus. O remédio teve aval da Anvisa em março, no entanto, não tem recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O tocilizumabe, no entanto, é direcionado para pacientes jovens que estão com fortes indicadores de que precisarão de mecânica.
Com a utilização dos medicamentos na rede privada, a título de comparação a mortalidade dos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em hospitais públicos é de 52%, enquanto nos privados é de 29%, conforme dados do portal Utis Brasileiras.
De acordo com a médica especialista em cardiologia e medicina intensiva, Ludhmila Hajjar, há pouco interesse em incluir o remédio no Sistema Único de Saúde (SUS). "A falta medicamentos medicamentos é uma diferença que mostra as disparidades dos sistemas de saúde público e privado. O SUS não acompanhou os avanços da ciência", diz a especialista.