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Redes sociais pesam tanto quanto indicação de amigos na hora da compra, diz pesquisa

O levantamento ouviu 8.975 pessoas, a partir dos 18 anos, que tenham feito pelo menos uma compra online no último ano

Por FolhaPress
Ás

Redes sociais pesam tanto quanto indicação de amigos na hora da compra, diz pesquisa

Foto: Pexels

Pesquisa da consultoria global PwC apontou que, em todo o mundo, as redes sociais já ocupam o mesmo lugar que a opinião de parentes e amigos quando o assunto é pesquisar a compra de um produto ou serviço.

Segundo o levantamento Global Consumer Insights Pulse, realizado em setembro deste ano em 25 países, incluindo o Brasil, 32% dos brasileiros e 31% dos consumidores em nível global pesquisam nas redes sociais sobre o que desejam comprar.

Pedir a opinião da família, amigos ou colegas antes da compra é a opção de 31% dos brasileiros e de 30% dos demais consumidores.

O levantamento ouviu 8.975 pessoas, a partir dos 18 anos, que tenham feito pelo menos uma compra online no último ano.

"As redes sociais desempenham um papel importante especialmente para a geração Z", diz Luciana Medeiros, sócia e líder de varejo e consumo da PwC, referindo-se à geração dos nascidos entre a segunda metade dos anos 1990 e 2010.

"Mas, de maneira geral, as redes sociais vêm ganhando mais espaço nas indicações de consumo", afirma.

De acordo com o levantamento, as redes sociais ocupam a quarta posição entre as formas de pesquisa que antecedem a compra. Em primeiro lugar, vêm os sites de busca, como o Google.

Na sequência, estão os sites de varejistas onde o produto está à venda. Em terceiro lugar, importam as opiniões de clientes que experimentaram o produto ou serviço.

A pesquisa apontou que a maioria dos brasileiros (51%) usa o celular no ponto de venda para pesquisar o site do varejista, em busca de mais informações sobre o produto. Globalmente, o índice é de 36%.

No país, 46% dos consumidores também usam smartphones enquanto estão na loja para descobrirem se compensa levar determinado item pelo preço. No mundo, esse percentual é bem menor (36%).

"A loja continua sendo uma referência para o consumidor, mas ela se transformou: está conectada, tem o estoque em tempo real, para atender melhor este público, que pesquisa muito mais", afirma.

APENAS 29% AINDA SÃO INFLUENCIADOS POR ANÚNCIOS DA TV

Enquanto aumenta o peso das redes sociais e da internet na pesquisa antes da compra, cai o peso da propaganda tradicional na TV —especialmente no Brasil, onde apenas 29% responderam que são influenciados por anúncios na televisão. No mundo, este percentual é de 35%.

"Quase metade [49%] desse grupo no mundo é formada por baby boomers", afirma Luciana, referindo-se aos nascidos entre 1945 e 1964.

Também 49% dos brasileiros dizem preferir anúncios que os levam diretamente para ofertas e promoções de suas marcas ou produtos favoritos (37% no mundo).

A expectativa em torno da Black Friday, na última sexta-feira de novembro (24), assim como das festas de fim de ano, parece deixar os consumidores animados para comprar.

De acordo com o levantamento, 70% dos brasileiros pretendem aumentar suas compras online nos próximos seis meses —no mundo, este percentual é bem inferior, da ordem de 50%.

"Na pesquisa anterior, feita em maio, este percentual de brasileiros prevendo aumento nas compras nos seis meses seguintes era de 50%. No mundo, estava em 43%", diz Luciana.

Na opinião da especialista, fatores como a recente diminuição da taxa de juros e o lançamento do programa Desenrola, de renegociação de dívidas, ajudam a melhorar a confiança do consumidor.

Quando questionados sobre quais produtos estariam dispostos a pagar pelo menos 10% mais que a média, 44% dos brasileiros responderam que por produtos personalizados. Este percentual é superior à disposição de pagar mais por produtos de empresas que apoiam direitos humanos (39%) ou que sejam sustentáveis (37%).

"O varejista que conhece o seu consumidor e apresenta produtos ou serviços personalizados, que atendam as necessidades do público, tem maior capacidade de convencê-lo", diz Luciana.

Para 45% dos consumidores, uma melhor descrição dos produtos poderia diminuir o índice de devolução de itens comprados online; na opinião de 42%, a devolução seria menor se houvesse informação mais precisa sobre os tamanhos. Já 37% acreditam que ler avaliações de outros consumidores pode ajudar neste sentido.

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