Regiões Norte e Nordeste devem ter queda de 8% na renda após fim do auxílio emergencial
Projeção faz parte do estudo da consultoria Tendências
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A economia das regiões Norte e Nordeste deve ser a mais prejudicada com o fim do auxílio emergencial, que teve sua última parcela depositada em dezembro. A projeção foi realizada pela consultoria Tendências que aponta uma queda de até 8,5% em 2021.
Com a ajuda governamental, as regiões tiveram um rendimento alto de 13,1% (Norte) e 8,3% (Nordeste). Neste ano, porém, os dados indicam uma reversão: enquanto a renda do Norte cai 8,5%, a do Nordeste despencará em 8%. Como comparação, a renda de todo o Brasil cresceu 4,6% no ano passado e deve recuar 3,7% em 2021.
O impacto com a extinção do benefício foi medido pela taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) das regiões. Em 2020, por exemplo, as projeções da consultoria apontava que a atividade econômica do Norte (-1,9%) e do Nordeste (-3,8%) encolheu bem menos do que a média do país (- 4,4%). Mas em 2021 esse cenário também deve se inverter: Nordeste (2,1%) e Norte (2,6%) crescerão abaixo da média nacional, que será de 2,9%.
O fim do auxílio emergencial aumenta a preocupação no orçamento das famílias brasileiras mais pobres, isso porque no terceiro trimestre de 2020, a taxa de desocupação chegou a 14,6%, o que corresponde a 14,1 milhões de desempregados, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os Estados que lideram em ranking são: Bahia (20,7%), Sergipe (20,3%) e Alagoas (20%).