Registro de armas caiu 79% em 2023 no Brasil
Diminuição acontece após novos decretos do presidente Lula
Foto: Ronaldo Bernardi/Agencia RBS
A restrição para emissão de novos registros de armas no Brasil, implementada como a primeira medida do terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 1º de janeiro de 2023, resultou em 28.328 registros no mesmo ano, representando uma queda de 79% em comparação com o último ano do governo Bolsonaro, quando o Brasil contabilizou 135.335 novas armas registradas.
Os dados são do Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal. Segundo levantamento realizado pela CNN, o mês com maior número de registros foi janeiro: 3.770. Já abril foi o mês com menor quantidade: 514.
Ao todo, em 2023, Lula assinou dois decretos relacionados a armas, sendo o primeiro ato do presidente logo após tomar posse. Essa decisão resultou em uma drástica diminuição na quantidade de armas que poderiam ser adquiridas.
Cada pessoa passou a ter autorização para comprar três armas para defesa pessoal, em comparação com as quatro que eram permitidas anteriormente. Além disso, as concessões de novos registros de CACs, clubes e escolas de tiro foram suspensas.
Em julho, o segundo decreto trouxe uma ampla restrição na circulação e acesso a armas no país, transferindo a fiscalização do armamento e munição dos artefatos do Exército para a Polícia Federal.
Para caçadores, por exemplo, o limite de 30 armas caiu para seis e com necessidade de autorização do Ibama. Para atiradores, caiu de 60 armas o limite para oito, 12 e 20, a depender do nível. E para colecionadores, mudou de cinco armas de cada modelo para apenas uma.