Reino Unido anuncia investimento de R$ 12,3 milhões em projeto na Floresta Amazônica
Parceria entre Brasil e Reino Unido visa compreender as mudanças climáticas e o papel da Amazônia,
Foto: Raul Vasconcelos
O governo britânico divulgou nesta quarta-feira (24) um aporte de 2 milhões de libras, aproximadamente R$ 12,3 milhões, para um projeto na Floresta Amazônica. O anúncio foi feito durante a visita do ministro das Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento do Reino Unido, James Cleverly, à estação de pesquisa do AmazonFACE, localizada cerca de 80 km ao norte de Manaus.
Com esse novo aporte, o Reino Unido já soma um total de 7,3 milhões de libras (R$ 45 milhões) em apoio ao AmazonFACE desde 2021. O governo brasileiro, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), investiu R$ 32 milhões. A liberação dos recursos foi anunciada pela ministra Luciana Santos durante a visita.
De acordo com o MCTI, os resultados do AmazonFACE ajudarão a comunidade científica internacional a entender melhor como a maior floresta tropical do mundo pode contribuir para a mitigação das mudanças climáticas globais, além de aumentar a precisão da avaliação de sua vulnerabilidade ao aquecimento global. O ministério ressaltou que essa iniciativa desempenha um papel central na busca por respostas adequadas para alcançar as metas globais do clima.
O AmazonFACE é o principal projeto de cooperação científica entre os dois países e é coordenado por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa/MCTI) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria internacional com o governo britânico e implementado pelo Met Office, o serviço de meteorologia do Reino Unido.
O experimento busca responder à pergunta global: "Como as mudanças climáticas afetarão a Floresta Amazônica, a biodiversidade que ela abriga e os serviços ecossistêmicos que ela fornece à humanidade?".
Para isso, o AmazonFACE analisa a capacidade de resposta da floresta tropical a níveis elevados de dióxido de carbono (CO₂) e os impactos desse processo no clima global, na biodiversidade e nos ecossistemas. Através da construção de seis anéis com torres de monitoramento e liberação controlada de CO₂, os cientistas poderão coletar dados e observar o comportamento da floresta.
A previsão é que os seis anéis entrem em operação no início de 2024, representando um avanço importante na infraestrutura e tecnologia utilizadas na pesquisa.