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Relatora da CPMI de 8 de janeiro solicita acareação entre militares para esclarecer desmobilização de acampamento

Coronel Jorge Naime e General Gustavo Dutra serão convocados para depor

Por Da Redação
Ás

Relatora da CPMI de 8 de janeiro solicita acareação entre militares para esclarecer desmobilização de acampamento

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A senadora Eliziane Gama, relatora da CPMI dos atos de 8 de janeiro, apresentou um requerimento à comissão solicitando a realização de uma acareação entre o Coronel Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da PMDF, e o General Gustavo Henrique Dutra de Menezes, responsável pelo Comando Militar do Planalto durante os acontecimentos do dia.

O objetivo da acareação é esclarecer divergências sobre a desmobilização do acampamento instalado em frente ao Quartel General do Exército, que deu origem a diversas manifestações antidemocráticas e culminou nos eventos do dia 8 de janeiro. A Polícia Militar do Distrito Federal foi envolvida em diferentes tentativas de desmobilizar o acampamento montado no Setor Militar Urbano, mas a aglomeração só foi desfeita depois dos ataques à Esplanada dos Ministérios.

O Coronel Jorge Naime já prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o 8 de janeiro na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Durante sua oitiva, ele relatou que o Exército Brasileiro impediu o acesso da Polícia aos acampamentos logo após os ataques. O Coronel considera que o acampamento era o epicentro dos atos golpistas e afirmou ter visto o General Dutra impedindo o então interventor federal na segurança pública do DF, Ricardo Cappelli, de entrar na região sob responsabilidade do Exército para comandar a prisão de participantes do ato.

No dia 29 de dezembro, a Polícia Militar mobilizou mais de 500 homens à disposição do Exército para retirar o acampamento, mas houve uma ordem expressa de última hora para que as pessoas não fossem retiradas, conforme relatado pelo Coronel Naime.

Por sua vez, o General Dutra, responsável pela área durante o período dos ataques, também depôs à CPI da CLDF e negou as acusações de proteger o acampamento. Ele apontou um protocolo da Secretaria de Segurança Pública do DF, que citava ações ilícitas e estruturas ilegais a serem desmontadas pelo DF Legal, órgão de fiscalização distrital. Dutra explicou que houve "acirramento de ânimos" dos acampados contra os fiscais e, por isso, a operação policial foi suspensa. Além disso, ele afirmou que o número de pessoas no acampamento dobrou entre os dias 28 e 29 de dezembro.

Para que os dois militares sejam convocados e a acareação seja agendada, o requerimento precisa ser aprovado pela Comissão.

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