Relatório da PM aponta legítima defesa de policiais réus pela morte do 'príncipe do PCC' em Santos
Conclusão, porém, contraria a denúncia do Ministério Público de São Paulo
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O inquérito interno da Polícia Militar sobre a morte de Allan de Morais, conhecido como "Príncipe do PCC", em 10 de fevereiro, ocorrida em Santos (SP), concluiu que os policiais agiram em legítima defesa.
A conclusão, no entanto, contraria a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), que acusou os agentes de forjar um confronto com a vítima.
Os promotores alegam que os policiais Glauco Costa e Diogo Souza Maia, manipularam a cena do crime. Eles teriam plantado armas no veículo de Allan, que foi atingido por quatro disparos de fuzil e quatro de pistola. Na última semana, os policiais se tornaram réus pela acusação.
Os dois lados tiveram acesso às imagens das câmeras corporais, instaladas nas fardas dos agentes, mas as interpretações divergiram. Enquanto os promotores afirmam que, nas imagens, é possível ver os policiais tapando as câmeras, disparando de dentro para fora do carro da vítima e colocando armas no veículo. O relatório da Polícia Militar descreve as imagens de forma mais neutra, destacando apenas a aproximação da viatura, o corpo de Allan caído e a chegada da ambulância para o resgate.
De acordo com o relatório da PM, apesar da ação dos PMs ser enquadrada como homicídio no Código Penal Militar (CPM), as evidências presentes no caso apontam que a conduta dos policiais estaria amparada pela legítima defesa, conforme o inciso 2 do artigo 42 do CPM, que isenta de punição quem age em legítima defesa.