Renda deve cair 2% com fim do auxílio emergencial
Ajuda governamental amenizou problemas de 2020, mas voltam em dobro em 2021
Foto: Arquivo/Agência Brasil
Junto ao fim do mês de dezembro, se encerram as últimas levas de pagamentos dos auxílios emergencial e extensão, nos valores de R$ 600 e R$ 300, respectivamente, que foram pagos a cerca de 50 milhões de brasileiros ao longo dos últimos nove meses.
Previsto inicialmente para três parcelas mensais de R$ 600, ganhou depois mais duas de R$ 600 e, por fim, foi estendido pelos últimos quatro meses do ano, mas em valor menor, de R$ 300.
Porém, segundo o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, o programa extraordinário acaba junto com 2020. “Nossa capacidade de endividamento está no limite”, disse Bolsonaro nessa segunda-feira (28) quando perguntado sobre o assunto.
Com o fim, todos os problemas que o auxílio ajudou a amenizar neste ano de pandemia voltam em dobro em 2021, por causa da renda e o do desemprego. Sem o suporte do benefício, devem acabar pior no próximo ano do que no auge da pandemia.
De acordo com a estimativa feita pela LCA, a renda total do país deve cair 2% em 2021, já desconsiderado o efeito da inflação. Neste ano, à despeito de uma das piores recessões da história, a renda total cresceu em cerca de 3%, nas estimativas da consultoria, justamente por causa do auxílio.
A conta considera todas as pessoas que que ganham somado, incluindo a renda do trabalho e a renda de outras fontes, como aposentadorias e Bolsa Família. A redução dessa renda significa menos dinheiro circulando no país, o que consequentemente impactará na economia e o desemprego.