Renda do trabalho cresce mais para ricos e menos para pobres no Brasil, aponta estudo
Rendimento per capita bateu recorde na média geral das metrópoles
Foto: Agência Brasil/Marcello Casal Jr
O 15º boletim Desigualdade nas Metrópoles, que analisa dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 2012, revela que a renda domiciliar per capita do trabalho bateu recorde nas regiões metropolitanas do Brasil, alcançando R$ 1.801 no quarto trimestre de 2023. Isso representa um aumento de 4,6% em relação ao mesmo período de 2022 (R$ 1.721).
No entanto, enquanto a renda per capita do trabalho dos 10% mais ricos cresceu 7,6%, a dos 40% mais pobres avançou apenas 1,5% durante o período de um ano nas regiões metropolitanas. Com esse aumento, a renda do trabalho dos 10% mais ricos atingiu R$ 8.821 por pessoa no quarto trimestre de 2023, outro recorde desde o início da série em 2012, em comparação com R$ 8.197 no mesmo período de 2022.
Já o rendimento do trabalho dos 40% mais pobres das metrópoles foi estimado em R$ 269,54 por pessoa no quarto trimestre de 2023. Mesmo com o leve aumento de 1,5% ante igual intervalo de 2022 (R$ 265,44), o valor ainda ficou 4,7% abaixo do nível pré-pandemia (R$ 282,85).
É importante ressaltar que o boletim abrange 22 regiões metropolitanas do país e analisa exclusivamente a renda proveniente do trabalho. Transferências de programas sociais como o Bolsa Família e outros não são consideradas nos cálculos.