Retrato falado de chefe do Hezbollah suspeito de aliciar brasileiros é encaminhado para a Interpol
Ele é suspeito de aliciar brasileiros
Foto: Reprodução
A Polícia Federal brasileira encaminhou à Interpol o retrato falado de um suposto chefe do Hezbollah, acusado de aliciar brasileiros e cidadãos de outras nacionalidades para a prática de atentados e assassinatos. O documento, produzido por peritos da PF com base em depoimentos de brasileiros alvos de uma operação antiterrorismo em novembro, foi compartilhado também com agências de inteligência dos EUA, Comunidade Europeia, Israel e países asiáticos.
Segundo as investigações, o chefe do Hezbollah em questão seria libanês ou sírio, em torno dos 50 anos, capaz de falar árabe, inglês e espanhol. Os peritos se basearam nos depoimentos dos suspeitos, detalhes dos encontros e descrições físicas para criar um dossiê minucioso que agora está nas mãos da Interpol.
As conversas com os alvos do aliciamento, que duravam até 8 horas, possibilitaram aos peritos criar um retrato falado com aproximadamente 85% de precisão. Os investigadores acreditam que o suspeito pode ter morado ou visitado a América Latina e possivelmente esteja vinculado aos atentados ocorridos na década de 1990 na Argentina, com base em características como idade, conhecimento do espanhol e algumas palavras em português.
O sírio naturalizado brasileiro, Mohahamd Khir Abdulmaid, apontado como elo no esquema de aliciamento de brasileiros para o suposto chefe do Hezbollah, permanece foragido. A justiça federal decretou sua prisão, e o nome dele consta na difusão vermelha dos procurados da Interpol.