Decoração

Retrô ou moderno? Texturas decorativas voltam à moda

Febre nos anos 90, tintas texturizadas retornam com propostas inovadoras nas residências

Por Michel Telles
Ás

Retrô ou moderno? Texturas decorativas voltam à moda

Foto: Divulgação

mercado de “tintas imobiliárias” no Brasil obteve crescimento nas vendas, segundo último relatório da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati). Embora a média não tenha atingido um resultado expressivo, o documento “Panorama Geral e Perspectivas”?—?12º Fórum Abrafati, estima um deficit de pintura a médio e longo prazo entre 65 milhões de habitações no país.

Escolher a tinta ideal para pintar a casa, no entanto, é um desafio para os moradores. Embora o látex, acrílico e à óleo sejam as opções mais conhecidas do mercado, outra opção que vem retomando espaço nas residências pela originalidade e durabilidade é a “tinta texturizada”?—?feita com partículas visíveis que permitem “desenhar” a superfície.

Alternativa para o liso tradicional, estima-se que as “texturas” tenham feito sucesso no Brasil por volta da década de 90, ao lado de azulejos floridos e cores quentes. Embora as texturas não sejam novidades decorativas, o arquiteto baiano Márcio Barreto explica que o mercado está reaquecendo ao trazer produtos e ferramentas que proporcionam experiências inovadoras a quem deseja repaginar um ambiente através da técnica. 

“A tinta texturizada é uma opção excelente para quem deseja ousar no espaço e sair da pintura convencional. Existem muitas opções de formatos e cores, deixando brechas, inclusive, para dúvidas a respeito de qual é o tipo ideal para cada cômodo e como é possível realizar essa transformação. A textura ainda tem uma excelente vantagem no que diz respeito a durabilidade e o disfarce de pequenas irregularidades na estrutura física da parede”, relata. 

Segundo o arquiteto, o uso da texturização em paredes externas auxilia nos efeitos causados pelo sol e chuva, sobretudo em casas. Nas áreas externas, Márcio salienta o uso do “grafiato” - técnica de desenho com efeito tridimensional, realizado através de uma “desempenadeira”.

“Há diversos desenhos diferentes, entre os mais básicos e os mais ousados. É possível usá-la na área externa, mas também em ambientes internos, só que, como possui esse efeito de profundidade, pode acumular mais poeira que o normal e não ser a melhor escolha para cômodos como quartos e cozinha. Para a transformação, você deve comprar uma massa específica para texturas e caso deseje fazer você mesmo, é preciso adquirir a ferramenta ideal para o efeito desejado. Embora o processo pareça simples, é sempre um risco não investir na ajuda profissional”, elucida. 

A frente da Arquitetura do Barreto, Márcio indica outra maneira de usar a técnica de textura: investir em paredes que possuam desenhos inspirados em materiais pré-existentes, como o “efeito mármore” ou “cimento queimado”. Ambos, segundo o arquiteto, precisam de uma texturização mais elaborada, pois exige conhecimento no uso correto do material, ferramenta e criação dos desenhos. 

“Existe uma variação imensa de estilos que podem ser aplicados em qualquer cômodo da casa, permitindo um maior destaque para alguma parede específica e criando uma nova perspectiva de decoração. No geral, a técnica de textura é uma excelente forma de repaginar o ambiente gastando pouco. A sugestão é: realize orçamentos, pesquise os estilos, escolha uma parede e se jogue! O resultado pode ser surpreendente e deixar sua decoração ainda mais personalizada e original”, conclui Márcio

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